segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Yessss... meu niver !!! hehehehe

   


Eu trago flores o ano inteirinho imagine então se não as traria hoje no dia do meu niver. Trago e ofereço com muito carinho a vcs minhas amigas , seguidoras , visitantes que de virtuais não tem nada pois estão sempre presentes no meu dia a dia e que fazem  A diferença !!! Assim mesmo...com maiúscula !!! hehehe

Hoje tb é niver de uma pessoa que eu adoooooro e conheço há  muitos anos .Olha o que ele disse :
 
                             " Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez,
                    com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente."


Carlos Drummond de Andrade .... escorpiano dos "bão " !!!! :)


                                                                     \o/ Beijinhos \o/

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Cananéia !!!!





domingo, 23 de outubro de 2011

Frase da semana !!!



                                       "  Para estar junto não é preciso estar perto, e sim do lado de dentro" .

Leonardo da Vinci ... esse sabia das coisas !!! :)


                                                                     \o/ Beijinhos \o/

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Círculo da Alegria

Conta Bruno Ferrero que, certo dia, um camponês bateu com força na porta de um convento. Quando o irmão porteiro abriu, ele lhe estendeu um magnífico cacho de uvas.
- Caro irmão porteiro, estas são as mais belas produzidas pelo meu vinhedo. E venho aqui para dá-las de presente.
- Obrigado! Vou levá-Ias imediatamente ao Abade, que ficará alegre com essa oferta.
- Não! Eu as trouxe para você.
- Para mim ? - o irmão ficou vermelho, porque achava que não merecia tão belo presente da natureza.
- Sim! - insistiu o camponês. - Porque sempre que bati na porta, você abriu. Quando precisei de ajuda porque a colheita foi destruída pela seca, você me deu um pedaço de pão e um copo de vinho todos os dias. Eu quero que este cacho de uvas lhe traga um pouco do amor do sol, da beleza da chuva e do milagre de Deus, que o fez nascer tão belo.
O irmão porteiro colocou o cacho diante de si e passou a manhã inteira a admirá-lo: era realmente lindo. Por causa disso, resolveu entregar o presente ao Abade, que sempre o havia estimulado com palavras de sabedoria.
O Abade ficou muito contente com as uvas, mas lembrou-se que havia no convento um irmão que estava doente e pensou: "Vou dar-lhe o cacho. Quem sabe, pode trazer alguma alegria à sua vida".
E assim fez. Mas as uvas não ficaram muito tempo no quarto do irmão doente, porque este refletiu: "O irmão cozinheiro tem cuidado de mim por tanto tempo, alimentando-me com o que há de melhor. Tenho certeza que se alegrará com isso".
Quando o irmão cozinheiro apareceu na hora do almoço, trazendo sua refeição, ele entregou-lhe as uvas.
- São para você - disse o irmão doente. - Como sempre está em contato com os produtos que a natureza nos oferece, saberá o que fazer com esta obra de Deus.
O irmão cozinheiro ficou deslumbrado com a beleza do cacho e fez com que o seu ajudante reparasse na perfeição das uvas. Tão perfeitas, pensou ele, que ninguém para apreciá-las melhor do que o irmão sacristão. Como era ele o responsável pela guarda do Santíssimo Sacramento, e muitos no mosteiro o viam como um homem santo, seria capaz de valorizar melhor aquela maravilha da natureza.
O sacristão, por sua vez, deu as uvas de presente ao noviço mais jovem, de modo que este pudesse entender que a obra de Deus está nos menores detalhes da Criação.
Quando o noviço o recebeu, o seu coração encheu-se da Glória do Senhor, porque nunca tinha visto um cacho tão lindo. Na mesma hora, lembrou-se da primeira vez que chegara ao mosteiro e da pessoa que lhe tinha aberto a porta. Fora este gesto que lhe permitira estar hoje naquela comunidade de pessoas que sabiam valorizar os milagres.
Assim, pouco antes do cair da noite, ele levou o cacho de uvas para o irmão porteiro.
- Coma e aproveite - disse. ­ Porque você passa a maior parte do tempo aqui sozinho, e estas uvas o farão muito feliz.
O irmão porteiro entendeu que aquele presente tinha lhe sido realmente destinado, saboreou cada uma das uvas daquele cacho e dormiu feliz.

Pratique o Desapego


" As abelhas nos dão um grande exemplo de DESAPEGO.
Após construírem a colméia, elas abandonam-na. E não a deixam morta, em ruínas, mas viva e repleta de alimento.
Todo mel que fabricaram além do que necessitavam é deixado.
Batem asas para a próxima morada sem olhar para trás.
Num ato incomum, abandonam tudo o que levaram a vida para construir.
Simplesmente, o soltam sem preocupação se vai para outro.
Deixam o melhor que têm, seja pra quem for - o que é muito diferente de doar o que não tem valor ou dirigir a doação para alguém de nossa preferência.
Se queremos ser livres, parar de sofrer pelo que temos e pelo que não temos, devemos abrigar um único desejo: o de nos transformar.
Assim, quando alguém ou algo tem de sair de nossa vida, não alimentamos a ilusão da perda.
O sofrimento vem da fixação a algo ou a alguém.
O apego embaça o que deveria estar claro: por trás de uma pretensa perda está o ensinamento de que algo melhor para nosso crescimento precisa entrar.
Se não abrirmos mão do velho, como pode haver espaço para o novo?"

domingo, 16 de outubro de 2011

A massacrante felicidade dos outros !!!

Ao amadurecer, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde
coisíssima nenhuma..

Estamos todos no mesmo barco.

Há no ar um certo queixume sem razões muito claras.


Converso com mulheres
que estão entre os 40 e 50 anos, todas com profissão, marido, filhos,
saúde, e ainda assim elas trazem dentro delas um não-sei-o-quê perturbador,
algo que as incomoda, mesmo estando tudo bem.

De onde vem isso?

Anos atrás, a cantora Marina Lima compôs com o seu irmão, o poeta Antonio
Cícero, uma música que dizia:

"Eu espero/ acontecimentos/ só que quando
anoitece/ é festa no outro apartamento".

Passei minha adolescência com esta
sensação: a de que algo muito animado estava acontecendo em algum lugar
para o qual eu não tinha convite.

É uma das características da juventude:
considerar-se deslocado e impedido de ser feliz como os outros são - ou
aparentam ser.

Só que chega uma hora em que é preciso deixar de ficar tão
ligada na grama do vizinho.

As festas em outros apartamentos são fruto da nossa imaginação, que é
infectada por falsos holofotes, falsos sorrisos e falsas notícias.


Os notáveis alardeiam muito suas vitórias, mas falam pouco das suas angústias, revelam pouco suas aflições, não dão bandeira das suas fraquezas, então fica parecendo que todos estão comemorando grandes paixões e fortunas, quando na verdade a festa lá fora não está tão animada assim.

Ao amadurecer, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde
coisíssima nenhuma.

Estamos todos no mesmo barco, com motivos pra dançar
pela sala e também motivos pra se refugiar no escuro, alternadamente.


que os motivos pra se refugiar no escuro raramente são divulgados.

Pra
consumo externo, todos são belos, sexy’s, lúcidos, íntegros, ricos,
sedutores.

"Nunca conheci quem tivesse levado porrada; todos os meus
conhecidos têm sido campeões em tudo".

Fernando Pessoa também já se sentiu abafado pela perfeição alheia, e olha que na época em que ele escreveu estes versos não havia esta overdose de revistas que há hoje, vendendo um
mundo de faz-de-conta..

Nesta era de exaltação de celebridades - reais e inventadas - fica difícil
mesmo achar que a vida da gente tem graça.

Mas tem.

Paz interior, amigos
leais, nossas músicas, livros, fantasias, desilusões e recomeços, tudo isso
vale ser incluído na nossa biografia.

Ou será que é tão divertido passar
dois dias na Ilha de Caras fotografando junto a todos os produtos dos
patrocinadores?

Compensa passar a vida comendo alface para ter o corpo que
a profissão de modelo exige?

Será tão gratificante ter um paparazzo na sua cola cada vez que você sai de casa?

Estarão mesmo todos realizando um
milhão de coisas interessantes enquanto só você está sentada no sofá
pintando as unhas do pé?...

Favor não confundir uma vida sensacional com uma vida sensacionalista.

As
melhores festas acontecem dentro do nosso próprio apartamento.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

A divindade dos homens


Houve um tempo em que todos os homens eram deuses. Mas eles abusaram tanto de sua divindade que Brahma, o mestre dos deuses, tomou a decisão de lhes retirar o poder divino. Resolveu então escondê-lo em um lugar onde seria absolutamente impossível reencontrá-lo. O grande problema era encontrar um esconderijo. Brahma convocou um conselho dos deuses menores, para juntos resolverem o problema.

- Enterremos a divindade do homem na terra, foi a primeira ideia dos deuses.

- Não, isso não basta, pois o homem vai cavar e encontrá-la.

Então os deuses retrucaram:
- Joguemos a divindade no fundo dos oceanos.

Mas Brahma não aceitou a proposta, pois achou que o homem, um dia iria explorar as profundezas dos mares e a recuperaria. Então os deuses concluíram:
- Não sabemos onde escondê-la, pois não existe na terra ou no mar lugar que o homem não possa alcançar um dia.

Brahma então se pronunciou:

- Eis o que vamos fazer com a divindade do homem: vamos escondê-la nas profundezas dele mesmo, pois será o único lugar onde ele jamais pensará em procurá-la.
Desde esse tempo, conclui a lenda, o homem deu a volta na terra, explorou escalou, mergulhou e cavou, em busca de algo que se encontra nele mesmo.
Frases De Sócrates:

Para conseguir a amizade de uma pessoa digna é preciso desenvolvermos em nós mesmos as qualidades que naquela admiramos.

Sábio é aquele que conhece os limites da própria ignorância.

Meu conselho é que se case. Se você arrumar uma boa esposa, será feliz; se arrumar uma esposa ruim, se tornará um filósofo.

Uma vida sem desafios não vale a pena ser vivida.

A maneira mais fácil e mais segura de vivermos honradamente, consiste em sermos, na realidade, o que parecemos ser.

Aquele a quem a palavra não educar, também o pau não educará.

Não penses mal dos qu e procedem mal; pensa somente que estão equivocados.

Existe apenas um bem, o saber, e apenas um mal, a ignorância.

Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o universo e os deuses.

O homem faz o mal, porque não sabe o que é o bem.

O verdadeiro conhecimento vem de dentro.

Não sou nem ateniense, nem grego, mas sim um cidadão do mundo.

O caminho mais grandioso para viver com honra neste mundo é ser a pessoa que fingimos ser."

O que deve caracterizar a juventude é a modéstia, o pudor, o amor, a moderação, a dedicação, a diligência, a justiça, a educação. São estas as virtudes que devem formar o seu carácter.

Conhece-te a ti mesmo, torna-te consciente de tua ignorância e será sábio

Sábio é aquele que conhece os limites da própria ign orância.

Frase de Sócrates antes de morrer: Crínton, devemos um galo a Esculápio: dai-lo a ele e não vos esqueceis.

Deve-se temer mais o amor de uma mulher, do que o ódio de um homem.

Aquilo que não puderes controlar, não ordenes.

Não vivemos para comer, mas comemos para viver.


A maneira de se conseguir boa reputação reside no esforço em se ser aquilo que se deseja parecer.

O amigo deve ser como o dinheiro, cujo valor já conhecemos antes de termos necessidade dele.

Se alguém procura a saúde, pergunta-lhe primeiro se está disposto a evitar no futuro as causas da doença; em c aso contrário, abstém-te de o ajudar.

Se todos os nossos infortúnios fossem colocados juntos e, posteriormente, repartidos em partes iguais por cada um de nós, ficaríamos muito felizes se pudéssemos ter apenas, de novo, só os nossos.

Pois bem, é hora de ir: eu para morrer, e vós para viver. Quem de nós irá para o melhor é obscuro a todos, menos a Deus.

A vida sem ciência é uma espécie de morte.

Tendo o mínimo de desejos chega-se mais perto dos deuses.

A um homem bom não é possível que ocorra nenhum mal, nem em vida nem em morte.

Creio que tenho prova suficiente de que falo a verdade: a pobreza.

O próprio sábio cora das suas palavras, quando elas surpreendem as suas ações.

Aconselho que se case.Se o faz será um homem feliz, se não o faz será filósofo.

Mas eis a hora de partimos, eu para morte, vós para a vida. Quem de nós segue o melhor rumo, ninguém o sabe, exceto o deus.

O que e sei é que nada sei.

Sabio é aquele que conhece os limites da própia ignorância


O ideal no casamento é que a mulher seja cega e o homem surdo.

Sob a direção de um forte general, não haverá jamais soldados fracos.

Três coisas devem ser feitas por um juiz: ouvir atentamente, considerar sobriamente e decidir imparcialmente.



Robert B. Dilts e outros - No livro Neuro-Linguistic Programming Vol. I (Meta Publications). Tradução: Virgílio Vasconcelos Vilela



O Homem que Dizia a Verdade

Narrativa de Filoxeno (436-380 a.C.), recontada por Grace H. Kupfer

Antigamente, reinava na cidade de Siracusa, na Sicília, um tirano cruel e vaidoso chamado Dionísio. Vivia cercado por uma corte de bajuladores, que não se atreviam a dizer senão elogios, embora o criticassem duramente pelas costas.
Uma das vaidades de Dionísio era se considerar poeta. Não perdia uma oportunidade de fazer versos. Reunia então os cortesãos e recitava suas últimas composições. Todos aplaudiam e expressavam admiração por seu gênio, louvavam a beleza da poesia e Dionísio ficava muito satisfeito.
O homem mais culto de Siracusa era um filósofo chamado Filoxeno. Dionísio já estava tão envaidecido pelos repetidos aplausos dos cortesãos que mandou chamar Filoxeno para que também ouvisse seus versos e louvasse seu talento de poeta.
Filoxeno se apresentou, ouviu os versos, e Dionísio mal podia esperar as palavras de admiração e louvor à sua arte. Mas, para espanto de todos, o filósofo afirmou que os versos er am tão maus que não mereciam ser chamados de poesia, assim como o autor não merecia o nome de poeta. Dionísio ficou fora de si diante de tamanha franqueza. Chamou os guardas, ordenou que acorrentassem Filoxeno e o levassem ao calabouço, destinado aos piores criminosos.
Quando a notícia chegou aos ouvidos dos amigos de Filoxeno, eles ficaram indignados. Como o tempo passava e o filósofo continuava preso, enviaram a Dionísio uma carta pedindo a liberdade de Filoxeno.
Talvez Dionísio temesse a ira de um bom número de súditos, ou talvez tivesse uma razão inteiramente diferente, como se verá. O fato é que Dionísio concordou em libertar o filósofo, com a condição de que viesse jantar com ele uma vez mais.
Filoxeno foi. Ao fim do grande banquete, na presença de todos os cortesãos, o rei se levantou e leu os novos versos de sua lavra. Queria que o filósofo, que só dizia a verdade, os ouvisse, pois achava-os excepcionalmente bons. Os cortesãos aduladores tinham a mesma opinião, a julgar por seus gestos e elogios. Apenas Filoxeno continuava em silêncio, sem nada dizer, sem que a expressão do rosto traísse seu veredicto.
Não era absolutamente o que Dionísio esperava. Controlou a impaciência tanto quanto pôde. Vendo que Filoxeno não se manifestava, o tirano dirigiu-se a ele com pretensa calma e, achando que ele não ousaria provocar novamente sua ira, disse:
- Diga-me, Filoxeno, sua opinião sobre este meu novo poema.
De fato, ninguém esperava a resposta que ele deu. Pois, dando as costas aos participantes do banquete, Filoxeno dirigiu-se aos guardas e disse, em tom de repugnância:
- Levem-me de volta ao calabouço!
Era a maneira mais clara de externar sua opinião. Sabendo que a honestidade resultaria em punição, escolheu o método mais direto. Preferia voltar à cela por sua própria vontade.
Os cortesãos ficaram horrorizados diante de tão óbvia declaração. Apa vorados aguardaram a reação de Dionísio. Mas o tirano, embora um poço de vaidade, tinha algum senso de humor e certo respeito pela coragem moral. Deixando os cortesãos trêmulos de medo, voltou-se com um sorriso para o imperturbável Filoxeno e deu-lhe permissão para ir em paz.

O Livro das Virtudes - William J. Bennett - Editora Nova Fronteira (pág. 295/296)
O Homem que Dizia a Verdade
Narrativa de Filoxeno (436-380 a.C.), recontada por Grace H. Kupfer

Antigamente, reinava na cidade de Siracusa, na Sicília, um tirano cruel e vaidoso chamado Dionísio. Vivia cercado por uma corte de bajuladores, que não se atreviam a dizer senão elogios, embora o criticassem duramente pelas costas.
Uma das vaidades de Dionísio era se considerar poeta. Não perdia uma oportunidade de fazer versos. Reunia então os cortesãos e recitava suas últimas composições. Todos aplaudiam e expressavam admiração por seu gênio, louvavam a beleza da poesia e Dionísio ficava muito satisfeito.
O homem mais culto de Siracusa era um filósofo chamado Filoxeno. Dionísio já estava tão envaidecido pelos repetidos aplausos dos cortesãos que mandou chamar Filoxeno para que também ouvisse seus versos e louvasse seu talento de poeta.
Filoxeno se apresentou, ouviu os versos, e Dionísio mal podia esperar as palavras de admiração e louvor à sua arte. Mas, para espanto de todos, o filósofo afirmou que os versos er am tão maus que não mereciam ser chamados de poesia, assim como o autor não merecia o nome de poeta. Dionísio ficou fora de si diante de tamanha franqueza. Chamou os guardas, ordenou que acorrentassem Filoxeno e o levassem ao calabouço, destinado aos piores criminosos.
Quando a notícia chegou aos ouvidos dos amigos de Filoxeno, eles ficaram indignados. Como o tempo passava e o filósofo continuava preso, enviaram a Dionísio uma carta pedindo a liberdade de Filoxeno.
Talvez Dionísio temesse a ira de um bom número de súditos, ou talvez tivesse uma razão inteiramente diferente, como se verá. O fato é que Dionísio concordou em libertar o filósofo, com a condição de que viesse jantar com ele uma vez mais.
Filoxeno foi. Ao fim do grande banquete, na presença de todos os cortesãos, o rei se levantou e leu os novos versos de sua lavra. Queria que o filósofo, que só dizia a verdade, os ouvisse, pois achava-os excepcionalmente bons. Os cortesãos aduladores tinham a mesma opinião, a julgar por seus gestos e elogios. Apenas Filoxeno continuava em silêncio, sem nada dizer, sem que a expressão do rosto traísse seu veredicto.
Não era absolutamente o que Dionísio esperava. Controlou a impaciência tanto quanto pôde. Vendo que Filoxeno não se manifestava, o tirano dirigiu-se a ele com pretensa calma e, achando que ele não ousaria provocar novamente sua ira, disse:
- Diga-me, Filoxeno, sua opinião sobre este meu novo poema.
De fato, ninguém esperava a resposta que ele deu. Pois, dando as costas aos participantes do banquete, Filoxeno dirigiu-se aos guardas e disse, em tom de repugnância:
- Levem-me de volta ao calabouço!
Era a maneira mais clara de externar sua opinião. Sabendo que a honestidade resultaria em punição, escolheu o método mais direto. Preferia voltar à cela por sua própria vontade.
Os cortesãos ficaram horrorizados diante de tão óbvia declaração. Apa vorados aguardaram a reação de Dionísio. Mas o tirano, embora um poço de vaidade, tinha algum senso de humor e certo respeito pela coragem moral. Deixando os cortesãos trêmulos de medo, voltou-se com um sorriso para o imperturbável Filoxeno e deu-lhe permissão para ir em paz.

Filoxeno foi um poeta grego, que passou um tempo na corte de Dionísio  tirano de Siracusa. Uma vez, Dionísio escreveu uma tragédia, e pediu que Filoxeno a corrigisse; Filoxeno riscou a obra do começo ao fim, e foi para a prisão por isso.